domingo, 13 de dezembro de 2009

Alunos com deficiência auditiva


         O espaço escolar é repleto da presença humana e com isso é inegável que também é um ambiente riquíssimo de especificidades.
           Para nós educadores já faz parte da nossa rotina constante que a cada ano ou também a cada sala de aula tenhamos contato com um grupo com características comuns, devido à faixa etária, aos interesses a própria localização, mas ao mesmo tempo trabalhamos com seres humanos que tem individualidades e assim se lembrarmos agora, qual sala de aula não tem um aluno mais “rebelde”, mais “tímido”, mais “falante”, mais “brincalhão”, mais “esperto” e assim poderia seguir citando muitas características.
         Em conjunto com todas essas características intrínsecas também faz parte da realidade que em algum dia poderemos ter alunos com algum tipo de deficiência e tenho certeza que nenhum de nós afirma que está completamente pronto pra trabalhar, por isso quanto maior nosso conhecimento, mais vamos nos aproximando desse universo que pode fazer parte do nosso trabalho, da nossa família e que faz parte da sociedade.
          Especificamente trabalhar com um aluno com surdez profunda, que só conhece libras, para a comunicação, que não é oralizado e nem conhece Português é um super desafio. O conhecimento de libras será um dos principais elos entre essa criança e sua aprendizagem , será preciso uma ponte entre o lugar onde a criança trabalha com libras e a escola regular.
         Os professores não podem sentirem-se sozinhos nesse trabalho, toda a escola precisa necessariamente somar esforços para dar o suporte necessário para que o aluno portador de algum tipo de deficiência possa verdadeiramente sentir-se congregado ao grupo.
Alunos com necessidades especiais tem direito de acesso e permanência em classes comuns do sistema regular de ensino.
          A surdez é uma privação sensorial e interfere diretamente na comunicação, alterando a relação do indivíduo com o meio e traz implicações para o desenvolvimento de uma criança dependendo do grau da perda auditiva.
         Quando a surdez é severa ou profunda a criança dificilmente conseguirá desenvolver a linguagem oral espontânea e necessita um acompanhamento especializado, faz leituras orofacial e necessita fazer uso de aparelho de amplificação.
         A história da educação dos surdos tem controvérsias e descontinuidades quanto ao método de ensino, por isso em épocas diferentes já foi priorizada a língua falada, em outras a linguagem de sinais, e também a combinação das duas formas e a partir de tudo isso surdos já foram praticamente obrigados a se comportar como ouvintes e desenvolvendo a qualquer custo o oralismo e isso excluiu muitos surdos do espaço educacional pelo fracasso.
         Hoje avançamos mais nesse sentido e deve existir a valorização das potencialidades de uma pessoa surda e não falamos de ausência de limitações, mas de novas possibilidades de construção do conhecimento.
         A maioria dos professores emprega como método de ensino a exposição oral e utiliza como recurso privilegiado o quadro de giz, porém essas são práticas insuficientes e inadequadas para um aluno surdo. Devem-se criar situações agradáveis e significativas, dando atenção especial à comunicação visual, dramatizações, desenhos, linguagem de sinais, escrita, mímicas, gestos naturais, etc.
           Como a escola deve lidar com a sistematização da Língua Portuguesa na modalidade escrita e sua influência na produção da produção escrita e oral do aluno surdo? É preciso favorecer o acesso do aluno à leitura através do contato com diferentes materiais escritos; incentivar ao aluno identificar o livro como instrumento que favorece a expansão de seus conhecimentos além de constituir uma fonte de entretenimento; estimular a imaginação; incentivas situações de troca de ideias e outros; usar de diferentes gêneros textuais tanto para leitura como para produção textual;
        Numa sala inclusiva são necessárias algumas adaptações e o professor poderá utilizar a linguagem de sinais alternando com a linguagem oral para contemplar a aprendizagem do aluno surdo. Assim percebemos que o professor precisa desenvolver essa habilidade. Em determinados temas para facilitar a compreensão pode-se utilizar um trabalho de artes plásticas, também a leitura de gibis facilita muito a compreensão, por que apresenta imagens que facilitam a identificação das ideias.
         O processo de avaliação do material escrito também é muito importante e nesse trabalho o professor: interpreta e analisa junto com o aluno, analisa a sequência de ideias e quando necessário o aluno reescreve e reelabora.

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